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Foto do escritorAna Elisa Gonçalves Bortolin

Ceder às exigências da transferência.

"Ceder às exigências da transferência, atender aos desejos do paciente no sentido de satisfação afetuosa e sensual, é não só com justiça proibido por considerações morais como também é inteiramente ineficaz como um método técnico para alcançar a finalidade da análise."

Na psicanálise, a transferência é um processo em que o paciente reativa sentimentos e conflitos inconscientes que ele experimentou em relacionamentos anteriores, principalmente na infância, e os transfere para o analista.

A frase de Freud diz que o analista não deve ceder às "exigências da transferência", ou seja, não deve atender aos desejos do paciente de receber carinho, atenção ou satisfação sexual. Isso é importante por dois motivos:

1. Razões éticas: O analista tem uma posição de poder e responsabilidade na relação com o paciente. Ceder aos seus desejos poderia ser explorador e prejudicial ao paciente.

2. Razões técnicas: Ceder à transferência não ajuda o paciente a resolver seus problemas inconscientes. Na verdade, isso pode reforçar esses problemas e dificultar o processo de análise.

Em vez de ceder à transferência, o analista deve ajudar o paciente a entender como ela funciona e como ela está relacionada aos seus conflitos inconscientes. Isso pode ser feito através da interpretação, que é o processo de ajudar o paciente a compreender o significado de seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.

Ao ajudar o paciente a entender a transferência, o analista o ajuda a se libertar dos padrões repetitivos de comportamento que o impedem de viver uma vida plena e gratificante.


Freud, S. (1926). Inibições, sintomas e ansiedade. In J. Strachey, & A. Freud (Eds.), The standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud (Vol. XX, pp. 77-175). London: The Hogarth Press. (p. 134)


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