"O que se pretende no amor é completar aquele outro que nem conhecemos realmente, mas imaginamos. Não podemos fazer isso, nem o objeto amado corresponde às fantasias que dele fazemos."
Nesta frase, Ferenczi argumenta que o amor é uma busca por completude. Quando nos apaixonamos por alguém, projetamos nele nossas fantasias e desejos, na esperança de encontrar a pessoa perfeita que nos completará. No entanto, isso é impossível, pois ninguém pode corresponder às nossas expectativas idealizadas.
Ferenczi também observa que o amor é baseado em uma ilusão. Acreditamos que o outro é perfeito e que nos fará felizes, mas essa crença é ilusória. O outro é um ser humano com suas próprias falhas e imperfeições, e o amor verdadeiro implica em aceitar o outro como ele é, com seus pontos positivos e negativos.
Ao invés de buscar a completude no outro, Ferenczi sugere que devemos buscar a completude em nós mesmos. Isso significa aceitar nossas próprias falhas e imperfeições, e aprender a amar a nós mesmos antes de podermos amar verdadeiramente o outro.
Em resumo, Ferenczi nos convida a repensar a natureza do amor. O amor não é uma busca por perfeição, mas sim uma jornada de autoconhecimento e aceitação.
Ferenczi, S. (1932). Elasticidade da técnica psicanalítica. São Paulo: Editora Escuta.P.245.
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